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Ciclone com a força do Iba não é vista desde 2010 no Atlântico Sul; fenômeno é o 3º maior já registrado

Uma tempestade tropical como a ‘Iba’, formada em alto mar na costa do Espírito Santo, não era vista no Atlântico Sul desde 2010. A raridade do fenômeno chamou a atenção de meteorologistas estrangeiros que passaram a monitorar o ‘Iba’, em tempo real.  O site especializado em monitoramento climático Weather Underground explica que até o início do ano 2000, […]

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Uma tempestade tropical como a ‘Iba’, formada em alto mar na costa do Espírito Santo, não era vista no Atlântico Sul desde 2010. A raridade do fenômeno chamou a atenção de meteorologistas estrangeiros que passaram a monitorar o ‘Iba’, em tempo real. 

O site especializado em monitoramento climático Weather Underground explica que até o início do ano 2000, se acreditava que ciclones não se formavam no lado sul do oceano Atlântico. A explicação tinha como base a condição climática das águas na costa brasileira. 

Estudos indicavam que a temperatura morna das águas do atlântico sul impedia a concentração da intensidade de vento, necessários para formação de um ciclone tropical.

Foi apenas em 2004, quando o furacão Catarina atingiu a costa do estado de  Santa Catarina, que os estudos a respeito de fenômenos tropicais se voltaram para o Atlântico Sul. Na ocasião, o Catarina se deslocou do mar para terra devastando diversas cidades do estado catarinense, deixando um saldo de mais de 38.000 casas danificadas, 3 pessoas mortas e outros 185 feridos.

Iba é a nona tempestade tropical a ser nomeada pela Marinha

O fenômeno ‘Iba’ foi nomeado pelo Serviço Meteorológico Marinho do Centro Hidrográfico da Marinha do Brasil (CHM) no domingo (24), após ganhar o status ciclone tropical. Ao todo quinze nomes estão na lista da Marinha para designar fenômenos tropicais e subtropicais. Até o momento, apenas nove tempestades tropicais receberam nomes.

Para nomear fenômenos como o Iba, no atlântico sul, a Marinha usa um sistema de lista predeterminada. O critério utilizado para a escolha de nomes seguem uma ordem alfabética e são usados ​​em ordem rotativa sem considerar o ano. 

O ciclone Catarina, de 2004 e o Anita em 2010, não compõem a atual lista. Nestas ocasiões, esses fenômenos tinham características inéditas e não se seguia o critério atual de nomeação. Foi apenas em 2011 que a nomeação de ciclones e tempestades tropicais passou a ser padronizada pelo Serviço Meteorológico Marinho do Centro Hidrográfico da Marinha do Brasil (CHM).

Veja a lista completa de nomes 

1 – Arani (tempo furioso)

2 – Bapo (chocalho)

3 – Cari (homem branco)

4 – Deni (tribo indígena)

5 – Eçaí (olho pequeno)

6 – Guará (lobo do cerrado)

7 – Iba (ruim)

8 – Jaguar (lobo)

9 – Kurumí (menino)

10 – Mani (deusa indígena)

11 – Oquira (broto de folhagem)

12 – Potira (flor)

13 – Raoni (grande guerreiro)

14 – Ubá (canoa indígena)

15 – Yakecan (o som do céu)

Tempestade Iba está na altura da costa de Linhares, com ventos de até 83 km/h

A tempestade tropical ‘Iba’ está na altura da costa de Linhares. A informação foi divulgada pela Marinha do Brasil, por meio do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e em colaboração com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), na manhã desta segunda-feira (25).

A tempestade tropical se encontra na altura da costa de Linhares, no norte do ES, e se estende até o sul da Bahia.

De acordo com a Marinha, o fenômeno tropical permanece localizado em alto mar e apresenta ventos com intensidade de até 83 km/h.

Por causa da força dos ventos, há um alerta para ondas de até a 5 metros em mar aberto, podendo chegar a 2,5 metros em toda costa entre Vitória (ES) e Caravelas (BA).

Pelas próximas 12 horas, a tempestade tropical não deverá se aproximar da costa, ganhando força no sentido sul e ao oeste. A Marinha ainda informou que uma nova atualização será emitida até o final desta segunda-feira. 

Folha Vitória

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População indígena do Espírito Santo é tema de estudo especial divulgado pelo Instituto Jones

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Neste sábado (19), é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, que reconhece a importância histórica, cultural e social desses povos na construção e proteção do território nacional. Em referência à data, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), por meio da Coordenação de Estudos Sociais (CES), divulgou um estudo especial com dados sobre a população indígena no Espírito Santo, abordando temas como gênero, distribuição geográfica, escolaridade e participação política.

O levantamento apresenta informações sobre os povos indígenas que vivem no Estado e que descendem de grupos originários, como os Tupiniquins, Guaranis, Botocudos, Aimorés (também conhecidos como Krenaks) e Pataxós. O estudo diferencia as localidades indígenas, que são os agrupamentos de indígenas em determinadas regiões, das Terras Indígenas, que são territórios oficialmente demarcados. No Espírito Santo, das 16 localidades indígenas identificadas, 13 estão situadas em áreas reconhecidas oficialmente, o que representa 81,2% do total.

Em termos populacionais, os indígenas representam 0,8% da população brasileira, somando 1.694.836 pessoas. No Sudeste, esse percentual é de 0,1% (123.434). No Espírito Santo, os indígenas correspondem a 0,4% da população total, ou seja, 14.410 pessoas. Entre os municípios capixabas, Aracruz concentra mais da metade dessa população, com 51,5% (7.425 pessoas). Na sequência, estão Serra, com 9,2% (1.326), e Vila Velha, com 6% (866).

A pesquisa também aponta que as mulheres representam a maioria da população indígena no Estado, com 51,1%, enquanto os homens correspondem a 48,9%. As mulheres exercem papel fundamental na manutenção da cultura indígena, sendo responsáveis pela agricultura, coleta e transmissão dos saberes tradicionais.

O estudo mostra ainda que os jovens entre 15 e 29 anos são o maior grupo etário entre os indígenas capixabas, representando 22,3% do total. As crianças de 0 a 14 anos compõem 20,1% da população, enquanto os idosos, com 60 anos ou mais, representam 16,2%.

Um dos dados que mais se destaca é a taxa de alfabetização: 91% da população indígena com 15 anos ou mais está alfabetizada. Segundo o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira, esse percentual é bastante próximo do registrado entre os não indígenas, que é de 94,4%. “Esse dado é importante e mostra que esses grupos estão sendo alcançados pelo ensino regular. Além disso, quando comparamos com a média do Sudeste, o Espírito Santo apresenta uma taxa bruta de frequência escolar superior, com 26,1% no estado, ante 23,9% na região”, destacou.

A publicação também chama atenção para um tema recorrente: a demarcação e a proteção das Terras Indígenas. Apenas 32,4% da população indígena do País vive atualmente em territórios oficialmente reconhecidos. Além disso, a maioria dos indígenas vive em áreas urbanas, tanto no Brasil (54%) quanto no Sudeste (77,2%) e no Espírito Santo (60,5%).

Mesmo com a urbanização, o acesso à infraestrutura básica ainda apresenta desigualdades. O abastecimento de água, por exemplo, chega a 90,8% dos não indígenas, enquanto entre os indígenas esse índice é de 79,9%, uma diferença de 11,1 pontos percentuais. No que diz respeito ao esgotamento sanitário, 43% da população indígena não conta com um sistema adequado, enquanto esse número é de 17% entre os não indígenas — uma diferença de 26 pontos percentuais.

O estudo também aborda a participação política dos povos indígenas. Nas últimas eleições, realizadas em 2022 e 2024, o Brasil elegeu 261 pessoas que se autodeclararam indígenas. No Espírito Santo, três representantes foram eleitos nesse período. Os dados reforçam a importância de reconhecer e fortalecer a presença indígena em todas as esferas da sociedade, ampliando a visibilidade e a garantia de direitos desses povos.

Acesse o estudo completo no link: https://ijsn.es.gov.br/publicacoes/sinteses/ijsn-especial

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