A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro registrou, até este sábado (05/09), 16.526 óbitos e 232.747 casos confirmados de coronavírus. Há ainda 424 óbitos em investigação e 352 foram descartados. Entre os casos confirmados, 210.761 pacientes se recuperaram da doença.
As 16.526 vítimas de Covid-19 no estado foram registradas nos seguintes municípios:
Rio de Janeiro -9.880
São Gonçalo -666
Duque de Caxias -663
Niterói -379
Campos dos Goytacazes – 324
Petrópolis – 173
Macaé – 136
Cabo Frio – 126
Nova Friburgo – 107
Rio das Ostras – 72
Itaperuna – 43
Itaocara – 22
São Fidélis – 22
São Fco. de Itabapoana – 22
Bom Jesus do Itabapoana – 21
Quissamã -16
Porciúncula – 15
Santo Antônio de Pádua -13
São João da Barra – 10
Aperibé – 6
Italva – 6
Cambuci – 5
Carapebus – 4
Natividade – 4
Miracema – 3
Cardoso Moreira – 1
Os casos confirmados estão distribuídos da seguinte maneira:
Rio de Janeiro – 93.238
Niterói – 11.889
Duque de Caxias – 8.450
Macaé – 7.281
Nova Iguaçu – 5.598
Campos dos Goytacazes- 4.807
Itaperuna – 2.575
Nova Friburgo – 2.547
Cabo Frio – 2.148
Petrópolis – 1.894
Rio das Ostras – 1.752
Santo Antônio de Pádua – 1.022
São João da Barra – 831
Bom Jesus do Itabapoana – 722
Porciúncula – 577
São Francisco de Itabapoana – 530
Varre-Sai – 523
Natividade – 479
Quissamã – 437
Miracema – 398
Italva – 333
Itaocara – 331
Cardoso Moreira – 329
Carapebus – 272
São Fidélis – 242
Laje do Muriaé – 233
Cambuci – 177
Aperibé – 169
São José de Ubá – 135
Para mais informações, acesse o painel de monitoramento de casos no Estado do Rio de Janeiro em painel.saude.rj.gov.br.
Fonte: Núcleo de Imprensa Governo do Rio de Janeiro
Estudo da FGV é baseado em dados coletados pelo Disque-Denúncia
Criada por policiais no início dos anos 2000 com o argumento de impedir a entrada do tráfico nas favelas onde moravam, a milícia incorporou a venda de drogas aos seus negócios em cerca de um terço de seus domínios na cidade do Rio. Já os traficantes importaram práticas de extorsão típicas de grupos paramilitares na maioria das favelas que controlam.
É o que revela um estudo inédito feito por pesquisadores da Fundação Getulio Vargas (FGV), da Universidade de Chicago e da Escola de Administração, Finanças e Instituto Tecnológico da Colômbia. Com base em dados coletados pelo Disque-Denúncia, o trabalho detalha como os diferentes grupos criminosos que agem no Rio atuam de forma cada vez mais semelhante.
Um questionário sobre práticas criminosas, atividades econômicas e exploração de taxas pelas quadrilhas foi submetido a 337 moradores de 188 favelas da cidade do Rio — dominadas por três facções diferentes do tráfico e pela milícia — que ligaram para a central de atendimento do Disque-Denúncia entre setembro de 2020 e março de 2021.
As respostas revelaram porcentagens semelhantes de exploração de vários serviços em comunidades com atuação de traficantes e de paramilitares. Por exemplo: em 79% das áreas sob controle do tráfico há relatos de participação da facção na venda de pacotes de internet; enquanto o mesmo serviço é explorado em 80% dos locais dominados pela milícia. A situação se repete nos questionamentos sobre monopólio da venda de gás de cozinha, atividade explorada em 76% das favelas com ação de grupos paramilitares e em 62% daquelas controladas por traficantes, e do serviço clandestino de TV a cabo, presente em 82% dos locais com ação da milícia e em 78% daqueles sob domínio do tráfico.
Sem disparidades
Já a cobrança de taxas de segurança a moradores e comerciantes, registrada em 92% das localidades com a presença de paramilitares, foi relatada em 26% das áreas com atuação do tráfico. Por outro lado, 30% das favelas controladas por milicianos têm relatos de venda de drogas — presente em quase 100% das favelas dominadas por traficantes.
“O que percebemos é que, onde antes havia disparidades, hoje há semelhanças. Havia uma separação clara: o tráfico de drogas não explorava o morador, só vendia droga; já a milícia proibia a venda de drogas e vivia de formas de extorsão. Hoje, cada um dos grupos importou atividades do outro. Nas áreas dominadas por milícia, há relatos de tráficos de drogas. Nas áreas dominadas pelo tráfico, há cobranças por produtos lícitos e até de taxa de segurança”, explica Benjamin Lessing, diretor do Centro de Estudos sobre América Latina da Universidade de Chicago e um dos autores do estudo.