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Cresce a venda de armas de fogo em Cachoeiro

A busca por armas após as mudanças realizadas no decreto pelo presidente Jair Bolsonaro cresceu significativamente em alguns estabelecimentos de Cachoeiro de Itapemirim. O decreto assinado facilita a aquisição e registro. Segundo alguns donos de lojas, os motivos que as pessoas mais procuram por armas são para defesa pessoal, integridade física e falta de segurança […]

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A busca por armas após as mudanças realizadas no decreto pelo presidente Jair Bolsonaro cresceu significativamente em alguns estabelecimentos de Cachoeiro de Itapemirim. O decreto assinado facilita a aquisição e registro. Segundo alguns donos de lojas, os motivos que as pessoas mais procuram por armas são para defesa pessoal, integridade física e falta de segurança pública.

Ainda existe confusão para entender a diferença entre posse e porte de arma. Posse é a autorização para manter uma arma de fogo em casa ou no local de trabalho, desde que o dono seja responsável legal pelo estabelecimento. O porte é o documento que dá o direito de portar, transportar, comprar, fornecer, emprestar ou manter uma arma ou munições sob sua guarda. E também pode sair levando uma arma junto ao corpo. Para caçar também é necessário ter porte.

O dono de uma loja que está há 29 anos no mercado, Mário Temporim, conta que a procura por armas aumentou consideravelmente. “Eu acredito que com essa mudança o índice de criminalidade vai cair, porque vão pensar duas vezes antes de assaltar alguém ou invadir alguma casa e as pessoas querem se defender hoje em dia”, diz.

Ele conta que para comprar uma arma de fogo é necessário ter no mínimo, 25 anos, além dos requisitos exigidos pela lei. “Se uma pessoa fizer mau uso da arma tem que ser punido, se ficar ostentando, mostrando, não é para isso, é para você ter na sua casa, então tem que ter uma punição rigorosa nesse sentido, e ter um equilíbrio psicológico também”, afirma. 

O proprietário Bruno Marchiorio, dono de uma loja que está desde 2011 vendendo acessórios táticos, armas de fogo e munições, viu o interesse dos clientes aumentar consideravelmente depois da alteração no decreto.

“A vantagem de ter uma arma é a defesa pessoal e para mim não existe desvantagem, desde que, quem adquirir a arma para sua defesa, esteja em constante treinamento”, explica.

Buscando atender uma nova demanda, Bruno inaugurou o primeiro Estande de Tiro Indoor do Sul do Estado.

“O nosso estande é para maiores de 18 anos e para utilizar é necessário fazer um Curso de Manuseio Básico, no qual o instrutor capacita a pessoa para o manejo e a utilização de armas curtas ou longas, através de regras de segurança, apresentação das nomenclaturas das peças, fundamentos do tiro, utilização de equipamentos sempre acompanhados do instrutor.

Ainda complementa dizendo que as pessoas que procuram por treinamento e aquisição de armas são geralmente adultos e idosos, que são empresários ou proprietários de sítios e fazendas.

Critérios para posse de armas

COMO ERA

Antes do decreto assinado por Bolsonaro, o artigo 12, que trata dos critérios para a compra de armas, dizia que o interessado em ter a posse deveria:

“I – declarar efetiva necessidade;

II – ter, no mínimo, vinte e cinco anos;

III – apresentar original e cópia, ou cópia autenticada, de documento de identificação pessoal;

IV – comprovar, em seu pedido de aquisição do Certificado de Registro de Arma de Fogo e periodicamente, a idoneidade e a inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio de certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, que poderão ser fornecidas por meio eletrônico;

V – apresentar documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;

VI – comprovar, em seu pedido de aquisição do Certificado de Registro de Arma de Fogo e periodicamente, a capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo.

VII – comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestada em laudo conclusivo fornecido por psicólogo do quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado”.

COMO FICA

Com o decreto, além das exigências anteriores, foi incluída uma nova regra para casas com crianças e adolescentes:

“VIII – Em caso de residência habitada por criança, adolescente ou deficiente mental, a pessoa que quiser ter arma terá de possuir um cofre ou local seguro com tranca para armazená-la”. As informações são do jornal Fato

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Websérie sobre artesãs de Mãe-Bá será lançada em Anchieta na próxima sexta-feira (06)

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As artesãs de Mãe-Bá, em Anchieta, e os tradicionais artesanatos feitos por suas habilidosas mãos, são tema da websérie documental “Arte em Taboa das Filhas de Mãe-Bá”, que será lançada no dia 6 de dezembro, às 18 horas, no Centro de Convivência de Mãe-Bá, em Anchieta. A obra audiovisual conta com cinco episódios de cerca de cinco minutos cada, que ficarão disponíveis no Youtube após o lançamento.

O projeto foi realizado com o incentivo da Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria da Cultura (Secult) e o Ministério da Cultura.

Bolsas, esteiras, cestas, agendas e lustres são algumas das muitas peças feitas pelas artesãs, que utilizam como matéria-prima a taboa, vegetal aquático extraído da lagoa de Mãe-Bá, a segunda maior em extensão no Espírito Santo. Os episódios da websérie documental são feitos com base em depoimentos dos moradores de Mãe-Bá, com destaque para as artesãs. O primeiro trata da história dessa pequena comunidade, de perfil rural, abordando o cotidiano dos moradores, sua relação com a lagoa.

O segundo mostra o processo de extração da taboa. O terceiro, aborda a relação das mulheres com a produção artesanal. Mostra como as peças produzidas por elas tomam forma, e de como essa prática faz parte de suas histórias de vida, já que muitas cresceram vendo outras mulheres, como mães, avós e bisavós, fazendo.

No quarto episódio, a obra audiovisual mostra benefícios da prática artesanal para além do sustento das famílias, evidenciando, por exemplo, como essa atividade possibilitou que as artesãs vencessem alguns desafios. Esse é o caso de Creuza Alves, que superou a depressão depois que começou a se dedicar ao artesanato, fazendo, inclusive, com que a relação familiar ficasse mais harmônica e com que não precise mais tomar remédios.

Também no quarto episódio, as pessoas poderão conhecer Evellyn Rodrigues, uma menina de 12 anos que vê no artesanato uma possibilidade de se distanciar um pouco de um hábito tão recorrente entre as pessoas de sua faixa etária, que é o uso excessivo de telas, como as do celular. Por fim, no quinto e último episódio, é apresentada a Casa do Artesanato Mãe-Bá, seu perfil acolhedor com as pessoas que querem aprender a prática artesanal, a comercialização das peças, e como a Casa se tornou um exemplo a ser seguido no que diz respeito à união de uma comunidade para preservação de sua cultura, identidade e qualidade de vida.

A diretora, produtora e roteirista da websérie documental, Elizabeth Nader, destaca que, além de ser um conhecimento ancestral, pois passa de geração em geração, o artesanato feito em taboa é uma forma de garantia de emprego e renda para muitas mulheres, e, portanto, de sustento para suas famílias. Ela acrescenta que se trata de uma atividade sustentável, pois garante o equilíbrio ambiental, uma vez que a taboa não pode ficar em excesso na água.

Elizabeth Nader destaca a dedicação das artesãs de Mãe-Bá e a qualidade de seus produtos. “A taboa é diferenciada porque fica submersa. Por isso, é muito hidratada, resultando em um produto macio, flexível e brilhante. Quem conhece se encanta. Tem um valor grande em termos de qualidade, além de ser feito por mulheres que se dedicam muito, passando de geração em geração essa herança indígena”, diz.

Em sua equipe, Arte em Taboa das Filhas de Mãe-Bá conta também com Matheus Woshington que divide a direção de fotografia com Elizabeth Nader e foi responsável pela captação de imagens e áudio e na produção de vinhetas, neste último, em parceria com Marcos Campos Godoy; e Pedro Dutra na captação de imagens de drone. O projeto prevê um projeto extra da websérie, que será filmado no dia do lançamento, quando serão feitas entrevistas com os principais envolvidos, analisando os resultados da produção. O episódio extra também será disponibilizado no YouTube.

Exposição e roda de conversa

No dia do lançamento também haverá uma exposição de fotos de Elizabeth Nader. São 20 fotografias que retratam as artesãs e sua produção, no tamanho 30cmx40cm e emolduradas em esteiras de taboa produzidas por elas. Também acontecerá uma roda de conversa que contará com a participação das artesãs de Mãe-Bá e a equipe de produção da websérie. “A conversa será um fortalecedor do resgate e da valorização da trajetória das artesãs e também da reflexão sobre o potencial de uma documentação em websérie como salvaguarda da memória de um povo, de uma cultura, de um território ou de uma geração. O fomento de políticas públicas de apoio à atividade artística e cultural também será um tema importante no debate”, afirma.

Serviço:

lançamento websérie documental Arte em Taboa das Filhas de Mãe-Bá,
Data: 06/12 (sexta-feira).
Horário: 18 horas
Local: Centro de Convivência de Mãe-Bá, bairro Maembá, Anchieta.
Entrada Gratuita.

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