conecte-se conosco


Polícia

Delegacia de Muniz Freire prende suspeito de abusar sexualmente de duas filhas

Publicados

em

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Muniz Freire, prendeu, no final da tarde da última sexta-feira (14), um homem de 47 anos, investigado por abusar sexualmente das filhas de 15 e 23 anos. A prisão ocorreu em Muniz Freire.

O caso chegou ao conhecimento da PCES no último dia 06, por meio do Disque Direitos Humanos – Disque 100, que relatou que o suspeito teria abusado sexualmente de suas filhas, de 15 e 23 anos. Cinco dias depois, a Polícia recebeu relatos adicionais de uma testemunha de 46 anos, que também foi vítima do suspeito.

As vítimas de 15 e 23 anos residiam com o suspeito, mas, após as investigações, encontram-se acolhidas na Casa-Lar de Muniz Freire, por intervenção do delegado Hélio Flávio Martins.

Uma das vítimas, com apenas 15 anos e grávida, relatou em depoimento que sofreu violência desde os 7 anos de idade até o presente momento. “Em um dos episódios, ela mencionou que o suspeito a levou até um bar e, ao retornarem para casa, ele a abusou. Ela relatou ainda que, apesar de se negar conforme foi crescendo, o suspeito a forçava a continuar com os abusos. A jovem afirmou que nunca relatou os fatos à mãe”, disse o delegado Hélio Flávio Martins, titular da Delegacia de Polícia (DP) de Muniz Freire.

Devido aos traumas causados pelos abusos, a vítima de 15 anos passa por acompanhamento psiquiátrico e psicológico, pois sofreu graves consequências emocionais, incluindo depressão. Durante as investigações, o suspeito foi interrogado, mas optou por permanecer em silêncio. A mãe das vítimas também foi ouvida, mas afirmou não ter conhecimento dos fatos.

O delegado Hélio Flávio Martins ressaltou que, pelo teor da investigação, ainda não é possível afirmar se a mãe tem envolvimento com os atos do suspeito ou se apresenta uma dependência financeira ou emocional que a impediu de denunciar. “Testemunhas indicaram que a mãe estava ciente da situação, e outros populares mencionaram uma possível dependência emocional da mãe em relação ao suspeito, o que pode ter levado à omissão da denúncia”, explicou o delegado.

O delegado esclareceu a respeito da possível omissão da mãe em relação aos abusos denunciados. “Apesar de algumas indicações de que a mãe teria conhecimento dos fatos, ela negou em depoimento qualquer envolvimento ou conhecimento sobre os abusos. Caso seja comprovada a omissão da mãe em denunciar, ela poderá ser responsabilizada devido à sua obrigação de garantir a segurança e o bem-estar das vítimas”, afirmou o Martins.

Diante da gravidade dos fatos, foi solicitada a prisão temporária do investigado, que foi cumprida na última sexta-feira. Ele responderá por estupro, estupro de vulnerável e violência psicológica. O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

As investigações seguem em andamento para apurar todos os fatos e determinar eventuais responsabilidades.

Comentários Facebook

Polícia

Maio Laranja: PCES reforça importância da proteção integral de crianças e adolescentes

Publicados

em

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), reforça a necessidade de atenção e cuidado com a infância e a adolescência, alertando para os sinais de abuso e exploração sexual, formas de prevenção e os canais de denúncia disponíveis. A iniciativa integra as ações do Maio Laranja, campanha nacional de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.

Durante o atendimento à imprensa, realizado na tarde desta sexta-feira (16), a titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Thais Cruz, destacou a relevância da atuação da rede de proteção e alertou para os sinais que podem indicar que uma criança ou adolescente está sendo vítima de violência sexual. “Passar a mão, mesmo que de forma superficial, é considerado estupro de vulnerável. Qualquer ato libidinoso cometido contra menores de 14 anos, mesmo que supostamente consentido, se enquadra como crime. A legislação é clara e objetiva nesse sentido”, explicou a delegada.

Thais Cruz também chamou atenção para a influência das redes sociais na exposição de crianças e adolescentes a situações de risco. “Hoje, crianças com menos de 12 anos já têm acesso a celulares. Algumas, com apenas cinco anos, ganham esses dispositivos como presente. Os responsáveis precisam entender que, ao oferecer um celular ou tablet, assumem também a obrigação de fiscalizar e limitar o conteúdo acessado pelos filhos”, ressaltou.

A delegada alertou que, além da atuação de abusadores no ambiente virtual, muitos crimes ocorrem dentro do próprio lar. Segundo ela, 58% dos casos registrados foram praticados dentro de casa, sendo que 67% das vítimas tinham até 13 anos e 81% eram do sexo feminino. “Em grande parte dos casos, o abusador é uma pessoa de confiança da vítima — pai, avô, tio — o que dificulta a revelação do abuso. Muitas vezes, a criança se sente culpada ou tem medo de provocar a destruição da própria família”, explicou.

A delegada enfatizou a importância do diálogo dentro das famílias e destacou que mudanças de comportamento podem ser sinais de alerta. Entre eles, queda no rendimento escolar, isolamento social, irritabilidade, automutilação e o uso de roupas largas para esconder o corpo. “Muitas vezes, a criança não revela o abuso em casa, mas na escola. Felizmente, contamos com instituições de ensino preparadas e uma rede de proteção atuante no Espírito Santo. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelos canais Disque 100 e Disque 181”, lembrou a delegada.

Thais Cruz também ressaltou que a DPCA conta com uma equipe psicossocial qualificada para acolher as vítimas e que, nos casos em que o relato já foi prestado a outro órgão, o depoimento é colhido apenas em juízo, por meio de depoimento especial, evitando a revitimização. “Além da atuação repressiva, a delegacia tem investido em ações preventivas, como palestras em escolas, com foco na orientação de crianças e adolescentes sobre seus direitos, limites do toque e como identificar situações de violência”, pontuou a delegada.

Maio Laranja
O Maio Laranja é uma campanha nacional de enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. A mobilização ocorre em alusão ao dia 18 de maio, instituído pela Lei Federal nº 9.970/2000, em memória de Araceli Crespo, uma criança de oito anos que foi sequestrada, violentada e assassinada em 1973, em Vitória. A data marca a luta por justiça e reforça o compromisso com a proteção integral da infância e da juventude.

Assessoria de Comunicação Polícia Civil
Comunicação Interna – (27) 3198-5832 / 3198-5834

Informações à Imprensa:
Olga Samara / Matheus Foletto
(27) 3636-1536 / (27) 99846-1111 / (27) 3636-1574 / (27) 99297-8693
[email protected]

Fonte: POLÍCIA CIVIL ES

Comentários Facebook
Continue lendo

CIDADES

ESTADO

POLÍTICA

ENTRETENIMENTO

Mais Lidas da Semana