No Dia do Gari, comemorado em 16 de maio, a cidade de Vitória tem mais um motivo para homenagear esses profissionais essenciais: os garis alpinistas, que atuam nos locais mais desafiadores da capital, garantindo não apenas a limpeza urbana, mas também a segurança das comunidades localizadas ao pé de morros e encostas.

Treinados pelo Corpo de Bombeiros e submetidos a rigorosos exames médicos e avaliações técnicas, esses trabalhadores se especializam no uso de técnicas de rapel para atuar em pontos de difícil acesso. São nove garis alpinistas atualmente em atividade, todos capacitados e habilitados para executar o serviço com responsabilidade e segurança. Eles descem encostas e paredões urbanos com cordas, roçadeiras e equipamentos certificados segundo normas específicas de segurança, a fim de limpar áreas onde o lixo e a vegetação acumulada podem representar grandes riscos.

O trabalho desses garis é fundamental para evitar problemas sérios em períodos de chuva. Nessas ocasiões, todo o material que se acumula nas encostas pode descer e causar alagamentos ou até tragédias nas casas dos moradores que vivem abaixo dessas áreas.

As áreas de atuação dos garis alpinistas são definidas semanalmente em programação coordenada pela Secretaria de Serviços. Nessas operações, eles realizam a roçada do mato, a retirada de garrafas plásticas, pneus, sacolas, móveis abandonados e todo tipo de resíduo impróprio que se acumula em terrenos inclinados e encostas urbanas. A ação não apenas melhora o aspecto visual da cidade, como também reduz o risco de deslizamentos, proliferação de vetores e entupimento de redes de drenagem.

A dedicação dos garis alpinistas é mais um exemplo da complexidade e da importância dos serviços que muitas vezes passam despercebidos no dia a dia da cidade. Ao enfrentar as alturas para proteger as áreas mais vulneráveis de Vitória, esses profissionais mostram que o cuidado com a cidade vai muito além das calçadas, e que, com coragem e preparo, também se faz pendurado em cordas, no alto das encostas, cuidando da vida de quem está lá embaixo.