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Governo do Estado lança meta para oferta de 1,9 milhão de consultas e exames especializados em 2025

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O governador do Estado, Renato Casagrande, anunciou, nesta quinta-feira (12), que o Espírito Santo deve ofertar 1,25 milhão de consultas e 670 mil exames especializados para 2025, totalizando 1,9 milhão de consultas e exames. Além do reajuste no valor pago pelas consultas especializadas, o Espírito Santo também deve ampliar o uso da telemedicina como parte da estratégia da Secretaria da Saúde (Sesa) para atender a demanda de especialistas.

“Temos uma notícia boa para os capixabas que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS). Está aberto um edital de credenciamento para a contratação de 500 mil novas consultas para 2025. Estamos ampliando o valor do repasse para que mais profissionais e clínicas possam, se desejar, fazer o seu credenciamento. São vários tipos de especialidades contempladas. Isso é importante para que a gente possa reduzir a fila de consultas”, afirmou o governador.

Para alcançar a meta de consultas, a Sesa está reajustando o valor pago por cada consulta especializada, regulamentado pela Portaria nº 166-R, publicada no mês de novembro. O objetivo é atrair e fortalecer a rede de prestadores, garantindo, assim, um aumento significativo na oferta de consultas – acréscimo de 77 mil consultas anuais pela rede filantrópica e cerca de 437 mil por credenciamentos regionais.

“Estamos num esforço intenso para enfrentar os desafios impostos até hoje pela sobrecarga sofrida pelo sistema de saúde por ocasião da pandemia da Covid-19 e também para atender ao Enunciado 93 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que estabelece que, no Sistema Único de Saúde, a espera por consultas e exames não deve ser superior a 100 dias. Com essa nova estratégia, queremos reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade do atendimento”, disse o secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte.

Duarte explica que a ampliação da telemedicina também está no centro das estratégias da Sesa para atender a demanda por consultas. Essa modalidade busca ampliar o acesso a cuidados especializados, especialmente em regiões remotas e para pacientes com dificuldade de locomoção. “A telemedicina tem se mostrado uma alternativa eficaz para superar barreiras geográficas e promover a equidade no atendimento. Um exemplo é que somente o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba) ofertou, este ano, mais de 4 mil consultas em neuropediatria nessa modalidade”, completou o secretário.

Outro ponto destacado por ele é o fortalecimento das Regiões de Saúde, que visa descentralizar os serviços. “As superintendências regionais da Sesa estão mobilizadas para garantir que as populações vulneráveis e que residem em locais distantes tenham acesso ao cuidado especializado de forma eficiente”, completou.

Cenário

Até o início de dezembro deste ano, a Secretaria da Saúde ofertou 739.233 consultas em especialidade e 611.215 exames, totalizando 1.350.448. Atualmente, 299.158 pessoas aguardam por consulta em especialidade, 104.047 aguardam por exame, totalizando 403.205 pessoas aguardando por consultas exames no Espírito Santo.

As consultas mais procuradas estão relacionadas a ginecologia, neurologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, ortopedia, cirurgia plástica reparadora. Quanto aos exames, são radiologia com contraste, ultrassonografia, ressonância, entre outros.

“No total, são 511 itens desses serviços. Em 304 deles relacionados a exames, temos conseguido oferecer dentro do prazo de 100 dias de espera e pretendemos avançar para melhorar o tempo de espera das consultas”, listou o secretário.

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População indígena do Espírito Santo é tema de estudo especial divulgado pelo Instituto Jones

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Neste sábado (19), é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, que reconhece a importância histórica, cultural e social desses povos na construção e proteção do território nacional. Em referência à data, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), por meio da Coordenação de Estudos Sociais (CES), divulgou um estudo especial com dados sobre a população indígena no Espírito Santo, abordando temas como gênero, distribuição geográfica, escolaridade e participação política.

O levantamento apresenta informações sobre os povos indígenas que vivem no Estado e que descendem de grupos originários, como os Tupiniquins, Guaranis, Botocudos, Aimorés (também conhecidos como Krenaks) e Pataxós. O estudo diferencia as localidades indígenas, que são os agrupamentos de indígenas em determinadas regiões, das Terras Indígenas, que são territórios oficialmente demarcados. No Espírito Santo, das 16 localidades indígenas identificadas, 13 estão situadas em áreas reconhecidas oficialmente, o que representa 81,2% do total.

Em termos populacionais, os indígenas representam 0,8% da população brasileira, somando 1.694.836 pessoas. No Sudeste, esse percentual é de 0,1% (123.434). No Espírito Santo, os indígenas correspondem a 0,4% da população total, ou seja, 14.410 pessoas. Entre os municípios capixabas, Aracruz concentra mais da metade dessa população, com 51,5% (7.425 pessoas). Na sequência, estão Serra, com 9,2% (1.326), e Vila Velha, com 6% (866).

A pesquisa também aponta que as mulheres representam a maioria da população indígena no Estado, com 51,1%, enquanto os homens correspondem a 48,9%. As mulheres exercem papel fundamental na manutenção da cultura indígena, sendo responsáveis pela agricultura, coleta e transmissão dos saberes tradicionais.

O estudo mostra ainda que os jovens entre 15 e 29 anos são o maior grupo etário entre os indígenas capixabas, representando 22,3% do total. As crianças de 0 a 14 anos compõem 20,1% da população, enquanto os idosos, com 60 anos ou mais, representam 16,2%.

Um dos dados que mais se destaca é a taxa de alfabetização: 91% da população indígena com 15 anos ou mais está alfabetizada. Segundo o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira, esse percentual é bastante próximo do registrado entre os não indígenas, que é de 94,4%. “Esse dado é importante e mostra que esses grupos estão sendo alcançados pelo ensino regular. Além disso, quando comparamos com a média do Sudeste, o Espírito Santo apresenta uma taxa bruta de frequência escolar superior, com 26,1% no estado, ante 23,9% na região”, destacou.

A publicação também chama atenção para um tema recorrente: a demarcação e a proteção das Terras Indígenas. Apenas 32,4% da população indígena do País vive atualmente em territórios oficialmente reconhecidos. Além disso, a maioria dos indígenas vive em áreas urbanas, tanto no Brasil (54%) quanto no Sudeste (77,2%) e no Espírito Santo (60,5%).

Mesmo com a urbanização, o acesso à infraestrutura básica ainda apresenta desigualdades. O abastecimento de água, por exemplo, chega a 90,8% dos não indígenas, enquanto entre os indígenas esse índice é de 79,9%, uma diferença de 11,1 pontos percentuais. No que diz respeito ao esgotamento sanitário, 43% da população indígena não conta com um sistema adequado, enquanto esse número é de 17% entre os não indígenas — uma diferença de 26 pontos percentuais.

O estudo também aborda a participação política dos povos indígenas. Nas últimas eleições, realizadas em 2022 e 2024, o Brasil elegeu 261 pessoas que se autodeclararam indígenas. No Espírito Santo, três representantes foram eleitos nesse período. Os dados reforçam a importância de reconhecer e fortalecer a presença indígena em todas as esferas da sociedade, ampliando a visibilidade e a garantia de direitos desses povos.

Acesse o estudo completo no link: https://ijsn.es.gov.br/publicacoes/sinteses/ijsn-especial

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