A juíza Joana Ribeiro deixou o caso da menina de 11 anos que foi mantida em um abrigo para evitar que fizesse aborto autorizado em Santa Catarina. A magistrada é autora da decisão que negou à criança o procedimento para interromper a gestação.
A magistrada informou que foi transferida para a comarca de Brusque, no Vale do Itajaí. Segundo ela, a transferência ocorreu porque ela aceitou uma promoção e que o convite ocorreu antes da repercussão do caso.
Na manhã desta terça-feira (21), a Justiça determinou que a menina voltasse a morar com a mãe. A advogada de defesa da família não deu detalhes sobre qual será decisão em relação ao aborto. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que está apurando a conduta da magistrada no processo.
Juíza recebe promoção Segundo Joana, ela foi aprovada em um concurso e soube do resultado na última semana. Desde a sexta-feira passada (17), segundo ela, já estava fora do caso. Sem dar nomes, ela relatou que um juiz substituto assumiu a ação. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) confirmou a promoção na carreira da juíza, que foi confirmada no último dia 15, segundo o órgão.
O TJ disse, também, que a Corregedoria-Geral não se manifesta sobre possível impacto da apuração interna do órgão a respeito da atuação da juíza no caso da menina sobre a promoção obtida por ela na semana passada.
Entenda o caso Vítima de estupro, a menina descobriu estar com 22 semanas de gravidez ao ser encaminhada a um hospital de Florianópolis, onde teve o procedimento para interromper a gestação negado por uma juíza. Depois que o caso foi parar na Justiça, a decisão e trechos de uma audiência sobre o caso foram revelados em uma reportagem dos sites Portal Catarinas e The Intercept . O texto foi publicado na segunda-feira (20).
Ouvida pelo G1 de Santa Catarina, a advogada da família da criança destacou que já há uma decisão na Justiça autorizando a interrupção da gravidez da menina. No entanto, o fato da criança estar em um abrigo impedia que a decisão fosse executada.
Questionada sobre os próximos passos do caso, a advogada não deu detalhes sobre a decisão da família em relação à realização do procedimento após o retorno da menina para casa. A autorização para o aborto, porém, é vigente.
Levantamento aponta que 35% dos eleitores não votariam no ex-prefeito de São Paulo
Pesquisa do Instituto Datafolha divulgado nesta quinta-feira aponta que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) é o mais rejeitado entre os pré-candidatos ao governo de São Paulo.
De acordo com o levantamento, 35% dos eleitores não votariam no ex-prefeito, que mantém a dianteira na disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
Haddad é seguido pelo ex-governador Márcio França, do PSB, cuja rejeição é de 20%. O socialista, no entanto, deve sair de cena para concorrer ao Senado, de acordo com aliados. Se o cenário sem França se confirmar, Haddad sobe de 28% para 34% das intenções de voto.
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) apresentam menor rejeição. Não votariam em nenhum dos dois 16% dos paulistas. No entanto, ambos são desconhecidos da maior parte do eleitorado.
O Datafolha ouviu 1.806 pessoas com mais de 16 anos de 28 a 30 de junho no estado, aferindo dados com uma margem de erro de dois pontos para mais ou menos. O levantamento, contratado pelo jornal Folha de S.Paulo, foi registrado com o número SP-20523/2022 no Tribunal Superior Eleitoral.