Câmera escondida registrava as pacientes durante as consultas com o médico
Um médico ginecologista da cidade de Odessa, na Ucrânia, foi preso no último final de semana após imagens de exames realizados por ele surgirem em um site pornô.
Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, o médico Vyacheslav Tripolko foi preso e encaminhado para uma delegacia da cidade, onde foi interrogado pelas autoridades do país após os vídeos, que mostram suas pacientes nuas e durante a realização de exames, serem descobertos por uma das vítimas, que não teve a identidade revelada.
Ainda de acordo com a publicação, após receberem as denúncias, os policiais foram ao consultório do acusado e descobriram uma câmera escondida no local, exatamente no ângulo em que os vídeos descobertos eram registrados.
Após o escândalo, Tripolko teve a licença cassada e foi demitido da clínica em que trabalhava. Além disso, mesmo não tendo ficado preso após o interrogatório, enfrentará um processo pelo crime de produção e distribuição de conteúdo pornográfico, que pode render até sete anos de prisão.
Em uma troca de mensagens com uma das vítimas , o médico disse ter sido alvo de um esquema armado por outro médico da clínica, com a intenção de prejudicá-lo. No texto, ele afirma ter sido apenas um “peão” na história e negou que tenha sido o responsável pelos vídeos.
“Qualquer um poderia ter instalado aquela câmera e registrados os vídeos . É preciso que as acusações sejam provadas, para que o verdadeiro culpado pague por este crime”, afirmou a paciente.
Em sua defesa, o ginecologista chegou a afirmar que a instalação pode ter acontecido durante uma reforma no local, que aconteceu no último mês de julho, quando um novo sistema de alarmes foi colocado. Entretanto, há vídeos que foram registrados antes desta data, o que inviabiliza essa opção.
Além dos envolvidos, a polícia conversou com o responsável pela área de tecnologia do hospital oncológico em que o doutor Tripolko também atuava de forma independente. Entretanto, o homem disse que ele não tem qualquer reponsabilidade sobre o circuito interno da clínica ginecológica, uma vez que este é um espaço alugado pelo acusado e usa um provedor de internet diferente do restante do complexo.
Em entrevista, o chefe do hospital em que a clínica está baseada, doutor Oleg Lukyanchuk, lamentou o ocorrido: “inicialmente, achei que fosse uma piada de mau gosto de alguém. Agora, sabendo da gravidade do caso, como médico e como ser humano, fico chocado e entristecido que isso tenha acontecido”.
Ao menos 529 jovens entraram no Brasil desacompanhados.
Pelo menos 529 crianças e adolescentes venezuelanos cruzaram a fronteira do estado de Roraima desacompanhados de pais ou responsáveis, mostra um relatório elaborado pela ONG Humans Right Watch com base em dados da Defensoria Pública da União (DPU) divulgado nesta quinta-feira (5). De acordo com o documento, 90% dos jovens têm entre 13 e 17 anos de idade.
O relatório aponta que muitos viajaram sozinhos para fugir de situações de extrema pobreza e de ambientes familiares abusivos. O documento aponta ainda que os dois abrigos existentes em Roraima tem a capacidade para abrigar apenas 15 meninos e 13 meninas com idade entre 12 e 17 anos. Uma decisão judicial de setembro proibiu o local de receber novas pessoas.
Devido ao elevado número de jovens para as poucas vagas em abrigos, muitos dos adolescentes e crianças são atendidos pela Operação Acolhida, criada pelo governo federal para auxiliar imigrantes e refugiados venezuelanos que estejam em situação de vulnerabilidade social.
Por fim, o relatório diz ainda que o número real de crianças que cruzam a fronteira entre Brasil e Venezuela é subnotificado e pode ser ainda maior, já que muitas delas não passam pelos postos da Defensoria Pública na fronteira.