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Política

“O bolsonarismo foi muito forte, mas está decrescente”, diz Amoêdo

Reeleito para mais quatro anos à frente do Novo, o engenheiro e empresário João Amoêdo não tem pressa em expandir a sigla que em 2018 elegeu oito deputados federais, 11 estaduais, 1 distrital e um governador. Mesmo depois de receber 2,5% dos votos e ficar em quinto na disputa presidencial, o Novo vai lançar apenas […]

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Reeleito para mais quatro anos à frente do Novo, o engenheiro e empresário João Amoêdo não tem pressa em expandir a sigla que em 2018 elegeu oito deputados federais, 11 estaduais, 1 distrital e um governador. Mesmo depois de receber 2,5% dos votos e ficar em quinto na disputa presidencial, o Novo vai lançar apenas 70 candidatos a prefeito pelo Brasil, num universo de 5.570 municípios. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Amoêdo rejeita o título de “direita” ao falar sobre a posição de sua legenda no espectro político, avalia que o eleitorado está “virando a página” do antipetismo e faz críticas ao governo Bolsonaro.

Onde o Novo se coloca no campo da direita?

Esse rótulo não expressa bem o que o Novo é. As pessoas no Brasil ainda fazem uma associação grande com direita e regime militar, ditadura. Se for para ter um rótulo, preferimos ser um partido liberal mais que de direita. Nosso partido é liberal porque coloca o cidadão como protagonista e não o Estado. Acreditamos na capacidade do cidadão de resolver seus problemas.

A direita brasileira tem grupos com agenda mais conservadora nos costumes. Isso diferencia o Novo de partidos como o PSL?

No caso do Novo, entendemos que a pauta dos costumes é uma definição do cidadão, e não uma imposição do partido.

Acha que o antipetismo estará presente nas eleições de 2020? O bolsonarismo será forte até lá?

As pessoas estão virando a página do antipetismo. O cidadão está preocupado com coerência. O viés ideológico será menor. O bolsonarismo foi muito forte na polarização, mas está decrescente. (Jair) Bolsonaro se isola ao atacar as instituições. Se isola do Congresso, do partido e acaba se restringindo ao núcleo familiar. Esse processo vai continuar e vai desgastar o bolsonarismo.

Como avalia o governo federal?

Alguns ministros têm feito um bom trabalho: Infraestrutura, Agricultura, Justiça. Na pauta econômica, há um alinhamento muito grande com o que Novo defendia, que é a responsabilidade fiscal, reforma da Previdência, liberdade econômica. O lado negativo tem alguns pontos. O primeiro: não existem prioridades. O presidente atua em várias frentes e dá muita ênfase a assuntos que não são prioritários para um País com quase 13 milhões de desempregados. Outra coisa que me incomoda é a questão das instituições. Muitas vezes há ataques às instituições. A gente viu isso em relação a Polícia Federal, imprensa, Supremo, partidos, Congresso. O terceiro ponto é a continuação do debate eleitoral. O Brasil está muito dividido. A gente esperava que, com as eleições, tivesse menos isso do “nós contra eles”. Mas o País continua no embate eleitoral.

Por último, tem o combate à corrupção. Essa falta de transparência no assunto dos filhos (do presidente) não é uma boa sinalização.

O sr. falou sobre ministros que estão indo bem, mas não citou o do Meio Ambiente, que é filiado ao Novo. Até que ponto as atitudes e discursos do Ricardo Salles respingam no partido?

Ele não é um ministro do partido. É apenas um filiado que foi convidado pelo Bolsonaro para fazer a gestão do meio ambiente. Não tomamos conhecimento do que acontece no ministério. Não interagimos de nenhuma forma com ele. Ricardo é uma pessoa bem preparada, teve experiência na área pública e tem feito coisas que fazem sentido. Mas muitas vezes há um aspecto muito ideológico.

O Novo terá poucos candidatos a prefeito ano que vem. Isso não impede um crescimento mais consistente do partido?

Normalmente, a prática partidária é de abrir vários diretórios e lançar puxadores de voto, mas isso não firma a sigla como instituição nem define uma imagem. Nosso processo é rigoroso porque queremos trazer gente preparada para a política. O processo seletivo está acontecendo em cerca de 70 cidades. Pelos nossos cálculos, estaremos em cidades que vão somar cerca 65 milhões de habitantes. Em 2016, lançamos candidatos em 5 cidades, agora são 70.

O sr. pretende ser candidato novamente em 2022?

Não tenho esse projeto. O projeto hoje é fazer a gestão do partido.

Pelo perfil do Novo, não seria melhor ter uma alternância de poder no comando do partido?

Fizemos um processo seletivo para o diretório. A chapa foi eleita por unanimidade. Ser presidente do Novo é um trabalho voluntário. O estatuto prevê apenas uma reeleição.

Existe possibilidade de o Novo se aproximar de João Doria ou algum outro candidato em 2022?

Muito pouco provável. Nós temos muitos diferenciais em relação à maioria dos partidos, como o fato de não usar Fundo Partidário. O Novo está construindo a sua marca. Tivemos uma estreia muito boa. Em 2022 a ideia é ter um candidato próprio de novo.

O apresentador Luciano Huck tem sido apontado como alguém com chance de liderar uma frente de centro em 2022. Vocês podem estar no mesmo projeto?

É difícil saber porque não conheço as ideias do Luciano e as pautas que ele defende. A gente deve trazer soluções para o Brasil pelas instituições. A gente sempre fica procurando um salvador. Gostaria de saber do Luciano, por exemplo, quais as ideias que ele vai representar. Para mim, ele ainda é uma incógnita.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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Cidades

Pesquisa releva intenções de votos para prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim

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Fotos: Reprodução/Web

Uma pesquisa conduzida pela Direta Propaganda e Eventos LTDA entre os dias 10 e 14 de abril revela as preferências do eleitorado de Cachoeiro do Itapemirim em relação aos possíveis candidatos à prefeitura. A pesquisa eleitoral  foi registrada no TSE com o número 05820/2024.

Deputado Theodorico Ferraço

Em um cenário espontâneo, o estudo, realizado com 400 pessoas, destaca que Theodorico Ferraço (Progressistas), ex-prefeito por quatro mandatos, lidera as intenções com 4,42% das menções. Ferraço não disputa a prefeitura de Cachoeiro desde 2008 e estaria articulando um projeto com apoio do MDB e do Novo.

Allan Ferreira (Podemos), também deputado estadual, segue Ferraço de perto com 3,44% das intenções. A margem de erro prevista é de 4,6 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

A maioria dos entrevistados (85,50%) não mencionou nenhum nome, indicando um início lento da disputa eleitoral na maior cidade do Sul do Espírito Santo.

Deputado Allan Ferreira

Na pesquisa estimulada, excluindo Ferraço, Allan Ferreira e Diego Libardi (Republicanos) ganham destaque, com Ferreira liderando com 28,5% das intenções, seguido por Libardi com 22,36%. Leo Camargo (PL) com 8,6%, Carlos Casteglione (PT) com 8,35% , e Lorena Vasques (PSB) com 3,93%, Doutor Bruno Resende com 2,95% e Coronel Fabrício com 1,23%. “Branco e nulo” foi a opção de 4,91% das respostas, e 19,16% não responderam.

Casteglione é o mais rejeitado, com 35,87% dos entrevistados afirmando que não votariam nele. Lorena Vasques segue com 15,97% de rejeição, seguida por Cel. Fabrício com 11,55%, Diego Libardi com 3,19%, Allan Ferreira com 2,95%, Leo Camargo com 1,97% e Bruno Resende com 1,72%. 26,78%  dos entrevistados não souberam ou não responderam.

O instituto questionou o nível de conhecimento do eleitor cachoeirense sobre os candidatos, com 29,98% dos entrevistados afirmando que já conhecem todos os nomes, enquanto 41,03% não se lembraram de Lorena, mesmo sendo secretária de Obras na gestão atual.

10,32% dos entrevistados nunca ouviram falar de Coronel Fabrício, seguido por Léo Camargo, que atualmente é vereador na cidade (desconhecido por 4,67%). Diego Libardi é desconhecido por 4,42% e deputado Bruno Resende é desconhecido por 4,18%.  Dos que responderam, 3,69% não lembram do ex-prefeito Carlos Casteglione e 1,72% desconhecem o deputado estadual Allan Ferreira.

O prefeito Victor Coelho (PSB), em seu segundo mandato consecutivo, enfrenta uma avaliação desfavorável, com 62,65% considerando sua gestão como “péssima”. Apenas 33,42% a classificam como “boa” e 1,97% como “ótima”, sem registros de respostas “ruim”.

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