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Presidente do Uruguai demite chefe do Exército por críticas ao Governo

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, destituiu de maneira fulminante o comandante-em-chefe do Exército, general Guido Manini Rios, depois de que o oficial voltou a fazer críticas à reforma das pensões militares e anunciou sua intenção de entrar para a política. A decisão foi confirmada à imprensa por fontes militares, e o Governo anunciou que em […]

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O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, destituiu de maneira fulminante o comandante-em-chefe do Exército, general Guido Manini Rios, depois de que o oficial voltou a fazer críticas à reforma das pensões militares e anunciou sua intenção de entrar para a política. A decisão foi confirmada à imprensa por fontes militares, e o Governo anunciou que em breve publicará um comunicado a respeito. Em pleno ano eleitoral, trata-se de uma sacudida considerável no sistema político uruguaio, habituado à estabilidade e às boas relações entre as esferas civil e militar.

Durante a manhã desta terça-feira, Manini Rios concedeu entrevista a uma rádio local em que disse não descartar uma carreira política para reverter a reforma das pensões militares, aprovada no ano passado no Congresso. “Nós mesmos, no Exército, temos preocupação com determinados setores da sociedade, e se amanhã ou depois nos decidirmos a fazer política o essencial será apontar para esses setores que necessitam de políticas concretas que ajudem a tirá-los da situação onde estão”, disse o chefe do Exército uruguaio.

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Rússia dispara míssil intercontinental contra a Ucrânia

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Míssil intercontinental balístico russo Yars é lançado em exercício de guerra nuclear em Plesetsk, em 2022 — Foto: Ministério da Defesa da Rússia/AP Photo

A Rússia lançou um míssil balístico intercontinental em direção à Ucrânia nesta quinta-feira (21), de acordo com a Força Aérea Ucraniana. Este é o primeiro registro do uso de um armamento tão poderoso por Moscou desde o início da guerra, em 2022, e a primeira vez na história que míssil desse tipo é utilizado em combate real.

Segundo informações dos militares ucranianos, o míssil foi disparado da região de Astrakhan, no sul da Rússia, e atingiu a cidade de Dnipro, localizada no centro-leste da Ucrânia, a cerca de 1.000 km de distância. O ataque teve como alvo empresas e infraestrutura crítica, de acordo com o relatório das autoridades locais.

O governador da região do Dnipro, Serhiy Lysak, informou que o ataque danificou uma instalação industrial e provocou incêndios na cidade, resultando em ferimentos em duas pessoas.

Apesar do potencial destrutivo, uma fonte da Força Aérea Ucraniana revelou à agência AFP que o míssil disparado não estava armado com uma ogiva nuclear.

Este ataque ocorre em meio a uma escalada das tensões, após a Ucrânia ter utilizado mísseis fornecidos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido – como os ATACMS e Storm Shadow, com alcance máximo de 300 km – para atingir alvos em território russo. Moscou anunciou que tais ações seriam consideradas uma escalada significativa no conflito.

Além do míssil intercontinental, a Rússia lançou mísseis hipersônicos Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101 contra a Ucrânia. O exército ucraniano informou que seis mísseis de cruzeiro foram interceptados pelas defesas aéreas.

Até o momento da publicação desta reportagem, o governo russo não se pronunciou sobre o lançamento do míssil. Questionado sobre o ocorrido, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que “não tinha informações a compartilhar”.

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