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Economia

Produção de ovos bate recorde pelo segundo trimestre consecutivo

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A produção de ovos bateu mais um recorde e chegou a 964,89 milhões de dúzias no terceiro trimestre de 2019. A produção ficou 4,3% acima do apurado no mesmo período de 2018 e 0,7% acima do segundo trimestre, segundo a Estatística da Produção Pecuária, divulgada pelo IBGE.

A produção de ovos de galinha do terceiro trimestre de 2019 foi a maior da série histórica da pesquisa iniciada em 1987, sendo o segundo pico consecutivo do ano. As 40,16 milhões de dúzias produzidas a mais, no comparativo com o terceiro trimestre de 2018, foram impulsionadas por aumentos em 21 unidades da federação.

A pesquisa mostrou também que quase todas as principais atividades tiveram crescimento em relação ao terceiro trimestre de 2018, com altas no abate de bovinos (2,1%), suínos (0,9%) e frangos (3,1%), bem como na aquisição de leite (0,6%). Já a aquisição de couro teve queda de 5,7%. “O terceiro trimestre de 2018 foi atípico, porque foi o período após a greve dos caminhoneiros, em que houve a retomada das atividades”, disse pesquisador do IBGE Bernardo Viscardi.

Ele disse ainda que “o terceiro trimestre de 2019 apresentou um acréscimo nas exportações de carne bovina em relação ao segundo, o que acaba tendo efeito no preço da carne e levando a população a fazer substituições, aumentando a demanda pelo ovo”. De julho a setembro de 2019, o IPCA, registrou retração de 0,4% no preço dos ovos, enquanto a inflação oficial foi de 0,26% no período.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), houve um incremento de 13,2% no volume exportado de carne bovina, acompanhado de alta de 21,8% do faturamento, em relação ao trimestre imediatamente anterior. A Estatística da Produção Pecuária do IBGE apontou crescimento de 7% no abate de bovinos em relação ao segundo trimestre, além da alta em relação ao mesmo período do ano passado.

Na comparação ao segundo trimestre, toda a produção pecuária teve acréscimo significativo: 2,7% no abate de suínos, 3,3% no de frangos, 2,4% na aquisição de couro e 7,5% na aquisição de leite cru, sendo que este último também marcou um recorde neste trimestre.

“É possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os terceiros trimestres, em geral, apresentam recuperação na captação em relação ao trimestre anterior, impulsionada pelo início da safra em algumas das principais bacias leiteiras do país. Porém, o resultado atual representa um marco na série histórica para o período”, explicou o pesquisador do IBGE.

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Economia

BC só intervirá no dólar em caso de mau funcionamento dos mercados

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A incerteza econômica internacional agravou-se nas últimas semanas e, por enquanto, comprometeu a capacidade de o Banco Central (BC) antever os desdobramentos da crise, disse nesta quinta-feira (18) o presidente da instituição BC, Roberto Campos Neto. Ele concedeu entrevista coletiva ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que a autoridade monetária só intervirá no câmbio em caso de mau funcionamento dos mercados.

“O câmbio flutuante serve a um bom propósito. Nós achamos que, se você intervir contra algo que é estrutural, o que você faz é criar distorção em outras variáveis macroeconômicas. O câmbio flutuante serve a um bom propósito porque é um absorvedor de choques [econômicos externos]”, disse Campos Neto em Washington, após uma reunião de ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20.

Na avaliação do presidente do BC, atualmente existem três cenários: o prolongamento da incerteza, o retorno à normalidade após algumas semanas e uma continuidade da turbulência externa que gere uma “reprecificação” (revisão das estimativas econômicas) pelo mercado. Segundo Campos Neto, somente após alguma definição será possível haver uma reação por parte da autoridade monetária.

Para Campos Neto, o mercado financeiro global ficou mais sensível a dados da economia dos Estados Unidos e a declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). Isso levou à disparada do dólar nas últimas semanas, em reação ao aumento da demanda pelos juros dos títulos públicos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do planeta.

Situação forte

O presidente do BC ressaltou que o Brasil está menos frágil que outros países emergentes porque tem as contas externas “muito fortes”, com alto volume de dólares entrando no país por causa das exportações. “Sim, o dólar forte é sempre um problema e pode gerar reação dos Bancos Centrais ao redor do mundo, mas, no caso do Brasil, vemos que a situação tem sido melhor”, declarou Campos Neto.

O ministro da Fazenda destacou que o planeta foi pego de surpresa com a mudança na rota do Fed. O Banco Central norte-americano pretende adiar para o segundo semestre o início da queda dos juros na maior economia do planeta por causa da inflação mais alta que o previsto nos Estados Unidos.

“Quando saiu a inflação brasileira de março, saiu meia hora depois a americana. Se você pegar o que aconteceu com o mercado nessa meia hora, dá para entender bem a mudança de humor”, disse Haddad. “Quando o mercado aposta forte, qualquer reversão de expectativa machuca muito o investidor, e o mercado estava muito comprado [apostando na queda do dólar], e com razão, na tese de que em algum momento no primeiro semestre o Fed começaria o ciclo de cortes”, acrescentou.

Juros

Em relação ao futuro da Taxa Selic (juros básicos da economia), Campos Neto disse que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) dependerá do nível de incerteza na economia global. “Dependendo do caminho, a gente vai ter, vamos dizer assim, uma reação. Mas não tem como antecipar muito o que vai ser feito porque a gente está num processo de reprecificação e a gente não tem ainda visibilidade do que vai acontecer.”

Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, após seis cortes consecutivos de 0,5 ponto desde agosto do ano passado. A próxima reunião do Copom ocorrerá em 7 e 8 de maio. Na reunião anterior, em março, o Copom tinha previsto um novo corte de 0,5 ponto, mas os investidores apostam que a redução pode ser de apenas 0,25 ponto, após a recente disparada do dólar.

Na quarta-feira (17), Campos Neto afirmou, durante a viagem aos Estados Unidos, que a manutenção da incerteza elevada pode significar uma redução do ritmo de afrouxamento monetário e até abre porta para uma nova alta nos juros nos próximos meses. Ele deu a declaração em uma reunião com investidores na capital norte-americana.

Nesta quinta-feira, o mercado teve um dia de estabilidade. O dólar comercial encerrou vendido a R$ 5,25, com alta de apenas 0,12%. A bolsa de valores de São Paulo fechou com alta de apenas 0,02%, após passar a maior parte do dia em queda.

Fonte: EBC Economia

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