conecte-se conosco


Estado

Programa público de aceleração chega ao interior do Estado em 2025

Publicados

em

O governador do Estado, Renato Casagrande, assinou, nessa terça-feira (26), o contrato que marca o início da aceleração do programa Sementes do Rio Doce, desenvolvido em parceria com a Fundação Renova e liderado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti). O edital para seleção dos projetos está previsto para janeiro de 2025. O investimento previsto é de R$ 7,6 milhões.

A assinatura do documento com a aceleradora IEBT Innovation ocorreu durante a 2ª edição do “Conexão Ciência: Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação”, realizado na Cidade da Inovação do Ifes, em Vitória. A partir de agora, a aceleradora inicia a criação do plano de trabalho, bem como o estudo de campo e diagnóstico com entrega de um relatório de mapeamento dos municípios contemplados pelo programa, concluindo com a seleção e a avaliação das startups.

A IEBT Innovation será responsável por selecionar, monitorar e acelerar as startups, que devem estar em fase de evolução ou operação. As 50 melhores propostas vão participar, por seis meses, do projeto de aceleração a ser desenvolvido na região. Para cada projeto, serão disponibilizados R$ 100 mil e o total de investimentos é de R$ 7,6 milhões por meio da Secti e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).

Com o Sementes do Rio Doce, o Governo do Estado avança com mais um programa de inovação, desta vez atuando em nove municípios impactados pelo desastre de Mariana (MG), sendo a grande maioria no interior: Colatina, Conceição da Barra, Fundão, Linhares, Marilândia, São Mateus, Aracruz, Baixo Guandu e Serra. Há oportunidades para empreendedores de todas as áreas que tenham ideias inovadoras e apresentem soluções para desafios locais.

“A Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação é uma oportunidade para apresentar diversas iniciativas. Nossa expectativa é cumprir mais uma vez a tarefa de colocar no mesmo ambiente todas as iniciativas de inovação e desenvolvimento de tecnologias. Mostrando o que o Estado vem fazendo ao lado de outras instituições de ensino, setor privado e os governos. Esse programa é um exemplo do que estamos contribuindo na área de aceleração de novos negócios inovadores. O que é acelerar? É financiar, apoiar com assistência técnica e dar condições para que boas ideias se transformem em bons negócios”, comentou o governador.

O diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão, comemorou a parceria: “É uma grande satisfação para a Fapes participar de mais uma iniciativa que estimula a inovação capixaba. A parceria entre a Secti e a Fundação Renova, com o apoio da Fundação na gestão dos recursos financeiros, fortalece essa missão. O Programa Sementes visa contribuições ao empreendedorismo e à inovação na região do Rio Doce, fortalecendo as comunidades locais e criando condições para que elas assumam o protagonismo no desenvolvimento econômico e social da área. Esse esforço beneficia não só a região, mas também o Espírito Santo como um todo.”

“É a primeira vez na história que haverá aceleração de ideias inovadoras no interior, transformando áreas impactadas por um desastre ambiental e mudando vidas, com mentorias especializadas e capacitações em várias áreas, mostrando nosso comprometimento em fazer do Espírito Santo um Estado cada vez mais inovador, com oportunidades iguais para todos os capixabas”, frisou o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas.

O CEO da empresa, Paulo Vitor Guerra, falou sobre as expectativas com o novo programa. “Com um histórico de sucesso no território capixaba, o IEBT Innovation tem orgulho de participar do Sementes, o maior programa de aceleração de startups do Espírito Santo, que carrega a nobre missão de impactar positivamente a vida das pessoas nas cidades do interior. Nossa expectativa é, com os empreendedores, fortalecer os ecossistemas locais e impulsionar o desenvolvimento social e econômico sustentável das regiões. Este, sem dúvida, será um novo marco para o Estado”, disse.

Atividades

O Sementes do Rio Doce foi lançado, oficialmente, em Vitória, em agosto deste ano, e participou de eventos na área da inovação nos municípios de Colatina e Aracruz, com o objetivo de divulgar editais previstos e ações de formação e capacitação de empreendedores nas áreas de liderança, gestão, comunicação, marketing, vendas e finanças.

Durante o mês de novembro, o programa tem sido amplamente divulgado durante as oficinas regionais de escuta para a elaboração do Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (PCTI-ES), promovidas pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), com apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Até o momento, foram realizadas oficinas em Colatina (06/11), Linhares (08/11) e Cachoeiro de Itapemirim (13/11). As próximas edições acontecerão em São Mateus (27/11) e Vitória (29/11).

Além disso, a equipe de Relações Institucionais do Projeto Sementes também se reuniu, no último dia 15, com gestores do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama). A colaboração desses órgãos no processo de divulgação do Projeto Sementes tem sido fundamental para fortalecer a sinergia entre as iniciativas de inovação e as políticas ambientais no Estado, ampliando o alcance e a efetividade do programa, ao integrar soluções que atendem tanto ao desenvolvimento econômico quanto à sustentabilidade ambiental.

Comentários Facebook

Estado

População indígena do Espírito Santo é tema de estudo especial divulgado pelo Instituto Jones

Publicados

em

Neste sábado (19), é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, que reconhece a importância histórica, cultural e social desses povos na construção e proteção do território nacional. Em referência à data, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), por meio da Coordenação de Estudos Sociais (CES), divulgou um estudo especial com dados sobre a população indígena no Espírito Santo, abordando temas como gênero, distribuição geográfica, escolaridade e participação política.

O levantamento apresenta informações sobre os povos indígenas que vivem no Estado e que descendem de grupos originários, como os Tupiniquins, Guaranis, Botocudos, Aimorés (também conhecidos como Krenaks) e Pataxós. O estudo diferencia as localidades indígenas, que são os agrupamentos de indígenas em determinadas regiões, das Terras Indígenas, que são territórios oficialmente demarcados. No Espírito Santo, das 16 localidades indígenas identificadas, 13 estão situadas em áreas reconhecidas oficialmente, o que representa 81,2% do total.

Em termos populacionais, os indígenas representam 0,8% da população brasileira, somando 1.694.836 pessoas. No Sudeste, esse percentual é de 0,1% (123.434). No Espírito Santo, os indígenas correspondem a 0,4% da população total, ou seja, 14.410 pessoas. Entre os municípios capixabas, Aracruz concentra mais da metade dessa população, com 51,5% (7.425 pessoas). Na sequência, estão Serra, com 9,2% (1.326), e Vila Velha, com 6% (866).

A pesquisa também aponta que as mulheres representam a maioria da população indígena no Estado, com 51,1%, enquanto os homens correspondem a 48,9%. As mulheres exercem papel fundamental na manutenção da cultura indígena, sendo responsáveis pela agricultura, coleta e transmissão dos saberes tradicionais.

O estudo mostra ainda que os jovens entre 15 e 29 anos são o maior grupo etário entre os indígenas capixabas, representando 22,3% do total. As crianças de 0 a 14 anos compõem 20,1% da população, enquanto os idosos, com 60 anos ou mais, representam 16,2%.

Um dos dados que mais se destaca é a taxa de alfabetização: 91% da população indígena com 15 anos ou mais está alfabetizada. Segundo o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira, esse percentual é bastante próximo do registrado entre os não indígenas, que é de 94,4%. “Esse dado é importante e mostra que esses grupos estão sendo alcançados pelo ensino regular. Além disso, quando comparamos com a média do Sudeste, o Espírito Santo apresenta uma taxa bruta de frequência escolar superior, com 26,1% no estado, ante 23,9% na região”, destacou.

A publicação também chama atenção para um tema recorrente: a demarcação e a proteção das Terras Indígenas. Apenas 32,4% da população indígena do País vive atualmente em territórios oficialmente reconhecidos. Além disso, a maioria dos indígenas vive em áreas urbanas, tanto no Brasil (54%) quanto no Sudeste (77,2%) e no Espírito Santo (60,5%).

Mesmo com a urbanização, o acesso à infraestrutura básica ainda apresenta desigualdades. O abastecimento de água, por exemplo, chega a 90,8% dos não indígenas, enquanto entre os indígenas esse índice é de 79,9%, uma diferença de 11,1 pontos percentuais. No que diz respeito ao esgotamento sanitário, 43% da população indígena não conta com um sistema adequado, enquanto esse número é de 17% entre os não indígenas — uma diferença de 26 pontos percentuais.

O estudo também aborda a participação política dos povos indígenas. Nas últimas eleições, realizadas em 2022 e 2024, o Brasil elegeu 261 pessoas que se autodeclararam indígenas. No Espírito Santo, três representantes foram eleitos nesse período. Os dados reforçam a importância de reconhecer e fortalecer a presença indígena em todas as esferas da sociedade, ampliando a visibilidade e a garantia de direitos desses povos.

Acesse o estudo completo no link: https://ijsn.es.gov.br/publicacoes/sinteses/ijsn-especial

Comentários Facebook
Continue lendo

CIDADES

ESTADO

POLÍTICA

ENTRETENIMENTO

Mais Lidas da Semana