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Rússia dispara míssil intercontinental contra a Ucrânia

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Míssil intercontinental balístico russo Yars é lançado em exercício de guerra nuclear em Plesetsk, em 2022 — Foto: Ministério da Defesa da Rússia/AP Photo

A Rússia lançou um míssil balístico intercontinental em direção à Ucrânia nesta quinta-feira (21), de acordo com a Força Aérea Ucraniana. Este é o primeiro registro do uso de um armamento tão poderoso por Moscou desde o início da guerra, em 2022, e a primeira vez na história que míssil desse tipo é utilizado em combate real.

Segundo informações dos militares ucranianos, o míssil foi disparado da região de Astrakhan, no sul da Rússia, e atingiu a cidade de Dnipro, localizada no centro-leste da Ucrânia, a cerca de 1.000 km de distância. O ataque teve como alvo empresas e infraestrutura crítica, de acordo com o relatório das autoridades locais.

O governador da região do Dnipro, Serhiy Lysak, informou que o ataque danificou uma instalação industrial e provocou incêndios na cidade, resultando em ferimentos em duas pessoas.

Apesar do potencial destrutivo, uma fonte da Força Aérea Ucraniana revelou à agência AFP que o míssil disparado não estava armado com uma ogiva nuclear.

Este ataque ocorre em meio a uma escalada das tensões, após a Ucrânia ter utilizado mísseis fornecidos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido – como os ATACMS e Storm Shadow, com alcance máximo de 300 km – para atingir alvos em território russo. Moscou anunciou que tais ações seriam consideradas uma escalada significativa no conflito.

Além do míssil intercontinental, a Rússia lançou mísseis hipersônicos Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101 contra a Ucrânia. O exército ucraniano informou que seis mísseis de cruzeiro foram interceptados pelas defesas aéreas.

Até o momento da publicação desta reportagem, o governo russo não se pronunciou sobre o lançamento do míssil. Questionado sobre o ocorrido, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que “não tinha informações a compartilhar”.

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Robert Prevost, norte-americano, é anunciado como o novo Papa Leão XIV

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Cardeal Robert Francis Prevost, dos EUA — Foto: Reprodução/Web

A esperada fumaça branca que anuncia a eleição do novo papa foi vista nesta quinta-feira (8), saindo da chaminé da Capela Sistina, no segundo dia do conclave. O cardeal Robert Francis Prevost foi escolhido pelos 133 cardeais e será conhecido a partir de agora como Papa Leão XIV.

Prevost recebeu o apoio de pelo menos 89 cardeais – dois terços do total de eleitores do conclave – e sucederá o Papa Francisco na Cátedra de São Pedro.

Quem é o novo Papa?

Robert Prevost, nascido em Chicago, nos Estados Unidos, aos 69 anos, torna-se o primeiro papa norte-americano da história da Igreja Católica e o primeiro pontífice proveniente de um país de maioria protestante.

Embora sua origem seja norte-americana, Prevost construiu sua trajetória religiosa principalmente na América Latina, especialmente no Peru, onde se destacou até alcançar posições de destaque na Cúria Romana.

Antes de sua eleição, Prevost ocupava dois cargos importantes no Vaticano: prefeito do Dicastério para os Bispos, responsável pela nomeação de bispos, e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.

De perfil discreto e voz serena, Prevost evita os holofotes e entrevistas. Contudo, é visto como um reformista, alinhado às ideias de abertura defendidas pelo Papa Francisco. Formado em teologia, ele é amplamente reconhecido pelo seu profundo conhecimento da lei canônica, que rege a Igreja.

Sua vocação religiosa começou aos 22 anos. Ele se formou em teologia pela União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino.

Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua missão no Peru, onde trabalhou inicialmente em Piura e depois em Trujillo, onde permaneceu por dez anos, incluindo o período do governo autoritário de Alberto Fujimori. Nesse tempo, Prevost chegou a pedir desculpas publicamente pelas injustiças cometidas durante esse período.

Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, onde foi ordenado bispo, cargo que ocupou por nove anos. Durante esse período, enfrentou uma das maiores crises de sua trajetória: em 2023, três mulheres o acusaram de acobertar abusos sexuais cometidos por dois padres no Peru quando elas eram crianças.

As vítimas alegaram que uma delas entrou em contato com Prevost em 2020. Em 2022, ele recebeu formalmente as denúncias e encaminhou o caso ao Vaticano. Um dos padres foi afastado preventivamente, enquanto o outro já não exercia funções por questões de saúde. A diocese peruana refuta qualquer acusação de acobertamento, afirmando que Prevost seguiu os procedimentos exigidos pela Igreja. O Vaticano ainda está conduzindo a investigação.

Durante sua estadia no Peru, Prevost também exerceu papéis de liderança na Conferência Episcopal local e foi nomeado para a Congregação do Clero e, posteriormente, para a Congregação para os Bispos. Em 2023, foi criado cardeal – função que ocupou por menos de dois anos antes de sua eleição ao papado, uma situação rara na Igreja moderna.

Enquanto o Papa Francisco estava internado, Prevost foi o responsável por liderar uma oração pública no Vaticano pela saúde do pontífice.

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