Por Raul Marques
Usaram vocês! Com muita sutileza! Se o amigo, a amiga, enfim, faz parte do grupo que apoia o vereador Alexandre Bastos (PSB) saiba que este teve a pré-candidatura encorpada por um grupo interessado em fortalecer mais ainda as bases do atual prefeito e enfraquecer certos nomes que pleiteavam dias de glória nas próximas eleições municipais como Jonas Nogueira.
Jair Rodrigues já cantava que gado a gente tange, ferra, engorda e mata, como gente na vida real. Vamos aos fatos. A oposição achou que levando Bastos ao ápice de uma disputa interna, com seu invejável – e gordo currículo -estaria abrindo caminho para um terceiro nome. Na-nani-na-não! Foi tiro no pé, dado pelo próprio Alexandre em um surto de Inteligência política. A desculpa, para o público, foi a família, coisas da política, mas a nosso ver, pode ter sido a própria percepção do uso político o que acabaria de vez com seu nome.
Alexandre, o grande – ainda – só ganha saindo da disputa neste momento. Está na pole position para ser vice-prefeito do Victor Coelho; sair na frente também se inventar de persistir na carreira de vereador; ou de tentar o seu grande sonho, o de almejar o cargo de deputado estadual. De todas estas formas, Bastos saiu ganhando. Foi de mero coadjuvante em qualquer tipo de disputa eleitoral ao posto maior de protagonista; nas eleições municipais, como provável vice-prefeito ou candidato a edil; nas eleições de 2022 à Assembleia Legislativa do Espírito Santo.
“Mamãe não quero ser prefeito. Pode ser que eu seja eleito, e alguém pode querer me assassinar. Mentir sozinho eu sou capaz. Eu não preciso ler jornais nem de ir encontro ao azar”. Sábias palavras, Raul Seixas. Talvez tenham servido de inspiração ao homem que defendeu a maionese caseira no cardápio do cachoeirense, Alexandre Bastos, que podia ver assassinada sua verve política ao se estremecer como candidato a prefeito.
Enquanto a oposição se rasga, se contorce, neste jogo que hoje se pratica nas eleições municipais, lembramos que esta prática é antiga na Capital Secreta. Colocar um nome em voga para que este seja derrubado no correr da partida, como de fato aconteceu. Já faziam assim os velhos coronéis do mundo político cachoeirense. Eis que a história se repete mais uma vez.
E destarte aos rumos perigosos que seduzem os homens que se embrenham atrás de capim para engordar um novo gado cheio de pretensões maiores nas próximas eleições. Resta saber quem será a bola da vez. Por enquanto, há uma sinuca de bico na mesa. Com a bola que representa Jonas Nogueira bem no centro da mesa. Vamos ver qual será a próxima tacada.