“Zeca Pagodinho fica chocado ao saber que cometeu ilegalidade”, alardeou, do meu celular, manchete de um veículo de comunicação que até hoje não sei por que se chama Metrópoles. O que, cá entre nós, não vem ao caso, o tal do nome do site, morô? (Éééé… Sou da época em que “morô”, com chapeuzim do meu vô Dezinho no segundo ‘o’, era apenas slogan das Óticas do Povo e gíria de malandro; jamais otário metido a esperto.)
Não consegui imaginar Zeca vacilando, caindo em contradição. Logo ele, cria de Del Castilho, do Irajá? Fiquei mais cético que ateu diante de pregação de testemunha de Jeová. (Não eram nem oito da manhã de domingo, um domingo friiiiiio pra cacete!, quando a crentezinha tocou a campainha da casa do herege e o acordou; mas, depois, eu conto como terminou essa história entre o coitado e a fiel, que, segundo a galera, não era de se jogar fora.)
Bom, fato é que tinha um troço errado aí. Ah, se tinha! Lá foi, então, o bobo clicar na matéria… “Ele [Zeca Pagodinho] adora jogar no jogo do bicho, mas foi surpreendido quando questionado sobre ser a favor da legalização desse tipo de divertimento. ‘É ilegal?’, perguntou, abismado.” Abismado? Eu é que tô. Tem gente da imprensa que, definitivamente, não manja dos paranauê, paraná. Que dirá da própria vida, o que é, diga lá, meu irmão.
Ah, sobre o ateu e a testemunha de Jeová, pergunta pra pombagira dele e pro exu dela, que dão consulta toda segunda-feira, depois das sete da noite, lá do outro lado da cidade.
Quem com cuspe cuspe…
Cuidado pra onde cospe, hein? De repente, pode te ocorrer mais ou menos como aconteceu, dia desses, com um desavisado, conforme conto a seguir:
Cuspe te caiu à testa, / mas não foi bem lá do alto. / Da boca de quem não presta, / cuspe cai até do chão. / Minha risada é uma festa, / já dizia minha comadre, / mas também se manifesta com maldade, enganação. / Só depende de você, / teu caráter, teu agir, / minha risada vai benzer, / vai curar ou vai ferir. / Nem sempre tua gula / sacia tua fome. / Ganância não regula a paz de pobre homem. / Capoeira de Angola, / tudo que a boca come. / A estrada é minha escola. / Malandragem é meu nome, / camará…